Fazenda Inhumas sai de pauta e reunião do MST é cancelada

Comissão Nacional de Combate à Violência no Campo reuniu-se na manhã de ontem para discutir pauta extensa sobre violência contra membros do Movimento Sem Terra (MST) na região. Mas membros do movimento a cancelaram pela retirada da fazenda Inhumas da pauta.

A reunião foi iniciada pelo ouvidor agrário nacional e presidente da Comissão, desembargador Gercino José da Silva Filho, que retirou da pauta os itens referentes à fazenda Inhumas, em cumprimento à decisão judicial do juiz da 1ª Vara Federal em Uberaba, Osmar Vaz de Melo da Fonseca Júnior, em processo para manutenção de posse, que está sendo acompanhado pelos advogados Diamantino Silva Filho e Rubens Antonangelo Junior. A fazenda, a 116 quilômetros da BR-050, foi invadida pelo MST, em 18 de abril deste ano, e sofreu intervenção policial para a retirada dos invasores.

De acordo com o coordenador regional do MST no Triângulo Mineiro, Aguinaldo Batista, para a organização não adiantava discutir outros pontos se estavam impedidos de discutir a ação Policial e Judicial que ocorreu na fazenda Inhumas. “Agora, o promotor de Justiça que está acompanhando o caso e está ligado à Ouvidoria Agrária, Afonso Henrique de Miranda Teixeira, juntamente com nossa advogada, vai interpelar em favor de derrubar esta decisão do juiz para realizarmos nova audiência, aqui em Uberaba, juntando a Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, a Ouvidoria Agrária e o Incra”, revela.

Entre os encaminhamentos está a inclusão da invasão à fazenda Santa Maria, no município de Marabá, na próxima pauta de reunião da Comissão. Atendendo a solicitação do subcomandante do 54º Batalhão da Polícia Militar em Ituiutaba, capitão Marcelo Salvarani, o ouvidor Gercino José estudará o fornecimento de veículo à patrulha rural ao município de Prata.