Esquenta briga entre frigoríficos e exportadores de gado

Esquenta briga entre frigoríficos e exportadores de gado

Um verdadeiro cabo de guerra colocou de um lado os frigoríficos e do outro os exportadores de gado vivo

Assessoria de imprensa Original123

A briga é por um mercado cada vez mais competitivo e que movimenta cifras milionárias. De olho na concorrência com os estrangeiros, os frigoríficos querem que os exportadores brasileiros de gado vivo passem a ser taxados em 30% sobre o volume exportado. A Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec), a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo) e a União das Indústrias Exportadoras de Carne (UNIEC) querem solicitar ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MIDIC) e na Câmara de Comércio Exterior (Camex) com uma petição para que os exportadores de gado passem a ser taxados pelo governo.

A medida provocou a reação da Associação Brasileira dos Exportadores de Gado (ABEG), que considera “absurdo” o pleito das outras entidades. Em comunicado enviado a todos os seus membros, a associação pede apoio na coleta de cartas para que o Ministério da Indústria e Comércio Exterior e a Camex não aceitem o pleito das outras três entidades. Para a ABEG, se essa taxa de 30% passar a ser aplicada na exportação de gado vivo, a medida poderá vir a ser adotada também em outros setores como os de soja, algodão, milho e animais para reprodução, por exemplo.

Para a ABEG, a taxação irá prejudicar o produtor e poderá acabar com a exportação de gado vivo do Brasil. A entidade destaca que no ano passado as vendas de gado para fora já foram 37,46% menores que no ano anterior. A ABEG afirma ainda que os países que já compram gado vivo não podem ser vistos como concorrentes vorazes da indústria frigorífica brasileira, já que esses países não deixarão de comprar gado vivo, caso o Brasil dificulte sua exportação — apenas passarão a comprar o produto de outros países.

O advogado Eduardo Diamantino, especialista em Direito Tributário, com forte atuação no setor agrário, diz que “tributar as exportações é exemplo perfeito da nossa nefasta política tributária”. E acrescenta: “Temos déficit de R$ 7 bilhões na balança comercial e querem taxar as exportações?”, questiona.

 

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