Juíza aceita recuperação judicial da Limex

Juíza aceita recuperação judicial da Limex

A juíza da Vara Única de Urupês, Gislaine de Brito Faleiros Vendramini, deferiu o pedido de recuperação judicial (antiga concordata) da empresa Limex Importação e Exportação de Alimentos, com duas filiais e centro operacional em Urupês, e nomeou o advogado Ely de Oliveira Faria como administrador judicial. O pedido de recuperação judicial foi feito no dia 15 de julho e deferido na segunda-feira, dia 3. A decisão foi publicada ontem no Diário Oficial do Estado. Com a decisão, foram suspensas todas as ações e execuções contra a empresa, que deverá apresentar seu plano de recuperação em até 60 dias. A dívida da empresa declarada no pedido de recuperação, de acordo com o advogado Adauto José Ferreira, do escritório Diamantino Advogados Associados, representante da Limex, é de R$ 4,2 milhões. A empresa emprega diretamente 77 funcionários. 

A Limex atua em duas frentes, a de produção e processamento do limão e a de exportação da fruta. É considerada uma das maiores exportadoras de limão do País e, de acordo com o advogado desde 2007 vem enfrentando queda no volume de exportações em função do câmbio, agravada com a crise mundial a partir do segundo semestre do ano passado. Esses fatores, segundo o advogado, desencadearam a diminuição no faturamento e aumento do endividamento em razão das elevadas despesas financeiras. ?O pedido de recuperação judicial foi a alternativa mais viável para a manutenção da empresa que é viável operacionalmente para cumprir com o plano de recuperação judicial?, disse. 

Com o deferimento do pedido de recuperação, a empresa vai chamar agora por edital os credores para habilitação e formação do quadro de credores. A empresa, segundo ainda o advogado, tem 134 credores divididos entre fornecedores de matéria-prima e de insumos, prestadores de serviço, bancos, locadores e trabalhadores. 

?Depois será feita a apresentação do plano com alternativas jurídicas, econômicas, administrativas e financeiras para a empresa passar por esse momento de crise?, afirmou o advogado. Em seguida, será marcada a assembléia de credores, quando irão discutir se aprovam, modificam ou rejeitam o plano de recuperação proposto pela empresa.

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